terça-feira, 11 de maio de 2010
Prática de Exercício Aeróbico Influencia no QI
Um estudo realizado pela Universidade de Gotemburgo, na Suécia, comprova que pessoas que praticam exercícios físicos aeróbicos possuem uma melhor cognição, ou seja, nos desportistas a capacidade de o cérebro processar informações e cruzá-las, dando respostas a um estímulo são mais rápidas.
O estudo elaborado com mais de um milhão de homens, jovens, na faixa etária entre 15 e 18 anos, com bom condicionamento físico, avaliado e aferido por testes ergométricos, verificou que aqueles que apresentavam melhores condições também se saíram melhor em testes de QI, especialmente nas áreas de compreensão verbal e pensamento lógico. Para excluírem variáveis que pudessem influenciar os resultados, os pesquisadores consideraram o nível educacional dos pais e avaliaram as relações entre irmãos (gêmeos ou não).
O neurologista Li Li Min, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), explica que pesquisas com animais já apontavam que as atividades alteram a estrutura do cérebro e estimulam o desenvolvimento de novos neurônios, favorecendo a plasticidade cerebral (capacidade de o cérebro se adaptar a situações). Mas, este estudo sueco, traz uma informação ainda não identificada, de que os exercícios aeróbicos podem colocar a pessoa em outro patamar.
Uma pesquisa brasileira do Grupo de Neurofisiologia do Exercício da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), ainda em andamento, mostra que exercícios aeróbicos elevam os fatores neurotróficos (de crescimento dos neurônios), provocando um aumento no número de neurônios e o contato entre essas células, facilita a transmissão de informações. Os pesquisadores, no entanto, são cautelosos, declaram que ainda não é possível afirmar que o indivíduo fica mais inteligente, mas sim que há uma melhora na cognição.
Para os pesquisadores, somente exercícios aeróbicos tiveram relação com melhores resultados em testes cognitivos porque provocam maior oxigenação do cérebro, causada por um melhor condicionamento cardiopulmonar. Atividades de força, como musculação, não demonstraram o mesmo efeito. Eles também compararam os resultados dos testes ergométricos com as condições socioeconômicas desses homens na meia-idade. Os mais condicionados tiveram mais chances de ter um nível educacional mais alto e empregos melhores.
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